Movimentos das Paradas do Orgulho LGBT
Estilo de Vida

Movimentos das Paradas do Orgulho LGBT


Primeira Parada do Orgulho, Nova Iorque. Fonte: QQ Magazine (2004).


"As Paradas do Orgulho LGBT, como protestos festivos que se utilizam da carnavalização para atrair pessoas, são uma expressão da exigência de uma parcela da sociedade por respeito ao princípio constitucional da cidadania, da não-discriminação e da liberdade de expressão (Jesus, 2010).

A visibilidade buscada pelos organizadores é mais do que tão-somente tornar visíveis no espaço social as pessoas marginalizadas; ela também é mais do que o discurso oficial de que os LGBT estão em todos os lugares; essa visibilidade é, literalmente, 'uma estratégia de posicionamento público que remete a uma nitidez dos modos de vida constituintes desse universo' (Toneli & Perucchi, 2006, p. 45).

No momento que esses diversos modos de vida que compõem a sigla LGBT apresentam suas particularidades, em um rito social da diferença, constroem junto com os demais cidadãos novos conceitos sobre sexualidade e identidade, sobre quais são os direitos da população LGBT e que espaços ela pode ocupar, que outrora sequer se imaginava.

Tendo em vista o preconceito ainda vigente contra essa população, que redunda na falta ostensiva de autoridades presentes nas paradas, para além de representações apenas simbólicas, hipotetiza-se que a participação massiva da população nas paradas, para além do aspecto festivo, tem relação com o sucesso dos organizadores em relacionar as variáveis 'valor do bem coletivo' e 'expectativa de que a participação pessoal ajudará a alcançar o bem coletivo', o que ressaltaria o caráter militante da participação coletiva.

Por outro lado, também pode ser considerada a influência das variáveis 'custos e benefícios em participar' e 'expectativa de custos e benefícios em participar e em não participar', levando-se em conta que a popularidade das paradas, que resulta em maior anonimato, pode representar para alguns participantes, um fator de segurança que diminui a percepção de custos sociais relacionados a participar de ações junto a um segmento estigmatizado da população" (Jesus, 2012, p. 177).

Jesus, J. G. (2012). Psicologia social e movimentos sociais: uma revisão contextualizada. Psicologia e Saber Social, 1(2), 163-186. Disponível em http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/psi-sabersocial/article/view/4897/3620.





loading...

- Movimentos Do Gênero: Margaridas
Participação da Presidenta Dilma Rousseff na Marcha das Margaridas (foto: Reuteurs).Fonte: Blog do Planalto (2011). "Outra mobilização de mulheres, a Marcha das Margaridas, organizada por vários movimentos de trabalhadores rurais, com destaque para...

- Identidade Social
Imagem extraída daqui. "As pessoas se percebem e são percebidas como integrantes de um grupo social, identificação essa relacionada às crenças dos indivíduos, seus sentimentos e comprometimento com o grupo (Tajfel & Turner, 1979). A participação...

- Eficácia De Grupo
Fonte da imagem aqui. "As pessoas acreditam na capacidade do grupo em realizar seus projetos, esse é o princípio fundamental da eficácia do grupo. De acordo com essa linha de pensamento, as pessoas se mobilizam socialmente porque têm a expectativa...

- Hoje é Dia De Parada, Para Quem?
É lamentável o rumo homogeneizante que os discursos sobre as Paradas do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e demais pessoas Trans (LGBT) têm tomado. Os seus exemplos máximos são a divulgação e as falas na mídia e nas...

- Psicologia Social E Movimentos Sociais: Uma Revisão Contextualizada
É com muita satisfação que informo que meu artigo "Psicologia Social e Movimentos Sociais: Uma Revisão Contextualizada", acaba de ser publicado pela Revista Psicologia e Saber Social, da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, disponível...



Estilo de Vida








.