Estilo de Vida
Seção Temática Feminismo Negro na Encruzilhada Afrobrasileira - SERNEGRA - Comunicação 4: Devaneios de uma aprendiz de antropologia
Coordenadora: Jaqueline Gomes de Jesus
Apresentadora: Francy Eide Nunes Leal
RESUMO: Fiquei por longos dias pensando em como começar a escrever esse artigo, muitas vezes o medo encontrava lugar, como escrever sobre um tema que apesar de próximo eu o desconhecia teoricamente? Como ousar dialogar com feministas que publicaram no final da década de1980: Scott (1995), Haraway (1991), Butler (2003)? Quando me aproximei da discussão sobre gênero e sexualidade, a bagagem que carregava sobre o tema era mínima; cabia em poucas palavras, conhecia os escritos de Lévi-Strauss (1982), Margaret Mead (1976), Pierre Clastres (1978) ou seja, a antropologia Clássica de cada dia. Até então era satisfatório, dava conta de ler a “realidade” do meu campo. No decorrer da disciplina Gênero e Sexualidade, percebi como esse universo era mais amplo e complexo para uma aprendiz de antropologia tão obstinada a pesquisar religiosidade a partir do ritual; tantos conceitos: gênero, sexo, sexualidade que se encontram numa arena política e discursiva marcada por segmentações. Novamente vinha à cabeça, como escrever sobre um tema o qual não possuo domínio e não tenho autoridade discursiva? Encontrei em meio a tantos textos uma carta escrita por uma amiga chicana, palavras marcantes bordadas de poesia. Foram essas palavras que me encorajaram a dar os primeiros passos na escrita: “Escrever é perigoso porque temos medo do que a escrita revela: Os medos, as raivas, a força de uma mulher sob uma opressão tripla ou quádrupla. Porém neste ato reside nossa sobrevivência, porque uma mulher que escreve tem poder. E uma mulher com poder é temida.” (Andazalduá, 2000, p.234). Escrever é perigoso? Essa frase me causou inquietação, fiquei digerindo - a por longas horas, escrever realmente é perigoso, mas o perigo maior é o silêncio. Eu como um pequeno pedaço do Vale do Jequitinhonha me atrevi mergulhar na antropologia, ousei como tantas mulheres de “cor” dessa região transformar barro em arte, palavras em canções. Nesse trabalho, aproprio-me do poder das palavras para escrever sobre mulheres quilombolas no Norte de Minas Gerais, mulheres de “cor” como eu e tantas outras brasileiras; brancas, parda, negras, indígenas, ribeirinhas, agricultoras, operárias, domésticas , casadas, solteiras, lésbica, viúvas, escolarizadas ou não.Maiores informações sobre a Seção Temática em http://jaquejesus.blogspot.com.br/2013/10/feminismo-negro-na-encruzilhada.html e sobre o SERNEGRA em http://sernegra2013.blogspot.com.br.
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Seção Temática Feminismo Negro Na Encruzilhada Afrobrasileira - Sernegra - Comunicação 6: "escrita De Si, Escrita Da Outra": Cristiane Sobral E Lívia Natália
Coordenadora: Jaqueline Gomes de Jesus Apresentadora: Ana Caroline Carmo Silva RESUMO: Dentre as inúmeras representações de mulheres contidas na sociedade, surge das águas de azeviche a escrita das poetas Cristiane Sobral e Lívia Natália. Pretende-se...
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Seção Temática Feminismo Negro Na Encruzilhada Afrobrasileira - Sernegra - Comunicação 5: Deslocamentos E Estratégias De Resistência Em Ponciá Vicêncio, De Conceição Evaristo, E Hibisco Roxo, De Chimamanda Ngozi Adichie
Coordenadora: Jaqueline Gomes de Jesus Apresentadora: Maria Aparecida Cruz de Oliveira RESUMO: Este trabalho se ocupará da verificação do modo como o espaço de resistência feminista é marcado nos romances contemporâneos Ponciá Vicêncio (2003),...
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Seção Temática Feminismo Negro Na Encruzilhada Afrobrasileira - Sernegra - Comunicação 3: Ser Mulher, Negra E Classe Trabalhadora No Brasil: Uma Análise Acerca Da Intersecção De Gênero, Raça E Classe Na Sociedade Capitalista
Coordenadora: Jaqueline Gomes de Jesus Apresentadora: Jussara de Cássia Soares Lopes RESUMO: A proposta deste trabalho é debater sobre como gênero, raça e classe se interseccionam, funcionando como mecanismos de acirramento das opressões no âmbito...
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Seção Temática Feminismo Negro Na Encruzilhada Afrobrasileira - Sernegra - Comunicação 2: Feminismo Negro Americano: O Conceito Jurídico De Discriminação Múltipla A Partir Da Interseccionalidade
Coordenadora: Jaqueline Gomes de Jesus Apresentador: Rodrigo da Silva RESUMO: O trabalho examina a contribuição dos estudos do feminismo negro americano para a interpretação do conceito jurídico de discriminação múltipla, assim como a sua relevância...
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Seção Temática Feminismo Negro Na Encruzilhada Afrobrasileira - Sernegra - Comunicação 1: Feminismo Negro
Coordenadora: Jaqueline Gomes de Jesus Apresentador: Douglas Alves Viana RESUMO: O presente trabalho faz uma análise das formas como a sociedade patriarcal e racista perpassaram a vida de Lélia Gonzalez e Beatriz Nascimento, tendo como fonte principal...
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