MOVIMENTOS SOCIAIS E UNIVERSIDADE: DIÁLOGOS SOBRE RAÇA/ETNIA, DIVERSIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL - Programa
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MOVIMENTOS SOCIAIS E UNIVERSIDADE: DIÁLOGOS SOBRE RAÇA/ETNIA, DIVERSIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL - Programa


NONO ENUDS
MOVIMENTOS SOCIAIS E UNIVERSIDADE: DIÁLOGOS SOBRE RAÇA/ETNIA, DIVERSIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL
Oficurso
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Jaqueline Gomes de Jesus
Universidade de Brasília
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Programa
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Cronograma: quinta-feira (02/02/12) e sexta-feira (03/02/2012), das 9h às 10h30.
Carga horária: 3 horas
Local a definir.
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Ementa
A globalização, por meio da dinamização dos processos de comunicação subsidiado pela internet (comunicação em rede) e, consequentemente, dos contatos interpessoais e integrupais, tem possibilitado a interpenetração de valores e práticas sociais entre diferentes culturas e dentro das culturas, aumentando a percepção de desigualdades, o redimensionamento de valores e diminuindo distâncias de poder. Esse fenômeno repercute comportamentalmente, em nível individual, e em nível grupal e das massas, tem se expresso por meio da interlocução entre movimentos sociais e espaços de autoridade e saberes historicamente estabelecidos, como as universidades. No Brasil, o Ensino Superior se desenvolveu tardiamente (século XIX) e fundamentou sua estrutura e organização em modelos elitistas, que dificultavam ou impediam o acesso de integrantes de grupos socialmente excluídos, especialmente pobres e negras/os. Nessa conjuntura, as populações discriminadas eram tratadas unicamente como objetos de estudos, dentro de uma visão patologizante, e não como sujeitos ativos. O questionamento, por parte de estudiosos e da sociedade civil organizada, de representações acadêmicas estereotipadas que prejudicavam a isonomia e a inserção institucional, nos anos 90, da pauta das Ações Afirmativas (AA) apresentada desde meados do século XX, primeiramente na Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ, seguida, no âmbito federal, pela Universidade de Brasília - UnB, tem, ainda hoje, propiciado reconfigurações e rediscussões sobre a questão, que não se restringe à polêmica propiciada pela adoção de cotas nos sistemas vestibulares. De 2004 a 2008 a presente autora assessorou essa última instituição em questões de diversidade e apoio aos cotistas, e coordenou um centro de valorização da população negra no campus, o Centro de Convivência Negra – CCN. Nesse ínterim, teve a oportunidade de conhecer e articular as demandas e estratégias de grupos negros, indígenas, de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). O presente Oficurso disponibilizará conteúdo básico sobre diversidade e interdisciplinaridade, com enfoque psicossocial e com uso de dinâmicas de grupo, e proporá uma análise do histórico do macro-processo de inclusão de pautas sócio-políticas de raça/etnia, gênero e orientação sexual na academia, intercalado com o micro-processo de experiências cotidianas, considerando as iniciativas de movimentos político-identitários orientados pelos temas de raça/etnia, gênero e orientação sexual e políticas efetivas em universidades brasileiras, a fim de possibilitar uma troca privilegiada de saberes e práticas que permita uma visualização ampla do cenário da gestão da diversidade no âmbito universitário nacional.
Palavras-chave: movimentos sociais; universidade; raça/etnia; gênero; orientação sexual.
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Conteúdo programático
02/03 – primeiro dia
Tema geral: diálogos dos movimentos sociais com as universidades
Apresentação – 10 min
Leitura do programa – 5 min
Dinâmica de aquecimento – 15 min
Exibição de filme sobre diversidade na contemporaneidade, seguido de diálogo – 20 min
Relato de experiências em diversidade na Universidade de Brasília – 40 min
Distribuição de textos e orientação para leitura / término das atividades do dia.
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03/03 – segundo dia
Tema geral: dimensões da diversidade
Discussão dos textos – 5 min
Apresentação sobre Gênero, Orientação Sexual e Raça – 20 min
Exibição de filme sobre racismo no Brasil – 25 min
Debate sobre a questão étnico/racial nas universidades – 10 min
Dinâmica O que Causa o Heterossexualismo? – 20 min
Debate – 10 min
Término das atividades do Oficurso.
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Observação: ao término das atividades do Oficurso será sorteado, para os participantes dos dois dias, um exemplar do livro Psicologia Social: Principais Temas e Vertentes, da Editora ArtMed (2011).
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ET 9: Direitos civis, movimento LGBT´s e sociedade.
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Leituras do Oficurso (o material será disponibilizado aos participantes):
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Betty Friedan. (1971). Um novo plano de vida para a mulher.
Laverne Cox. (2011). Vamos falar de outras feminilidades.
Luiz Mott. (2009). A revolução homossexual.
Milton Santos (2000). Ser negro no Brasil hoje.
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Referências indicadas para aprofundamento:
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Bento, B. (2008). O que é transexualidade. São Paulo: Brasiliense.
Butler, J. (2003). Problemas de gênero – feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Cardoso, F. L. (1996). O que é orientação sexual. São Paulo: Brasiliense.
Fanon, F. (2008). Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Editora UFBA. Disponível eletronicamente em: http://pt.scribd.com/doc/36623756/Pele-negra-Mascaras-Brancas.
Fernandes, F. (2007). O negro no mundo dos brancos. São Paulo: Global.
Jesus, J. G. (2010). Pessoas transexuais como reconstrutoras de suas identidades: reflexões sobre o desafio do direito ao gênero. In: Galinkin, A. L.; Santos, K. B. (Orgs.), Anais do Simpósio Gênero e Psicologia Social: diálogos interdisciplinares. Disponível eletronicamente em: http://generoepsicologiasocial.org/wp-content/uploads/Anais_do_Simposio_Genero_e_Psicologia_Social2010.pdf.
Jesus, J. G. (2011). Atração e repulsa interpessoal. In: Torres, C. V.; Neiva, E. R. (Orgs.), Psicologia social: principais temas e vertentes. Porto Alegre: Artmed.
Jesus, J. G. (2011). O Protesto na festa: política e carnavalização nas paradas do orgulho LGBT. In: Associação Brasileira de Psicologia Social – ABRAPSO, Textos completos do 16º Encontro Nacional da ABRAPSO. Disponível eletronicamente em: http://www.encontro2011.abrapso.org.br/trabalho/view?ID_TRABALHO=1632.
Nascimento, A. (1978). O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Perez-Nebra, A. M.; Jesus, J. G. (2011). Preconceito, estereótipo e discriminação. In: Torres, C. V.; Neiva, E. R. (Orgs.), Psicologia social: principais temas e vertentes. Porto Alegre: Artmed.
Roughgarden, J. (2005). Evolução do gênero e da sexualidade. Londrina: Planta.
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